Na última sexta-feira, dia 7 de junho, o Aquário de Ubatuba, em parceria com o Projeto Tamar, promoveu a palestra “Um olhar sobre a vida em risco: 7 Férias na Antártica”, com as Irmãs Klink, Laura, Tamara e Marininha, filhas do navegador Amyr Klink e da fotógrafa Marina Bandeira Klink. Elas contaram histórias incríveis, expuseram sentimentos e tudo o que aprenderam durante as expedições à Antártica a bordo de um veleiro construído pelo pai: o Paratii 2.
Ainda muito jovens quando concluíram a primeira viajem, em fevereiro de 2006, as gêmeas Tamara e Laura, com nove anos, e Marininha, com seis anos, contaram o que aprenderam com as diferentes formas de vida e como compreenderam as dificuldades de sobrevivência num clima hostil.
Passaram pelo encontro das águas do oceano Pacífico com o Atlântico e pelo extremo sul do continente americano, o famoso Cabo Horn. Tiveram a oportunidade de vivenciar a existência de incríveis animais misturados a paisagens de incríveis icebergs, de diferentes tamanhos e cores.
Puderam observar o vôo de petréis e albatrozes, focas e elefantes-marinhos que vão para a Antártica no verão para descansar, baleias e diversas espécies de pinguins, como os pinguins-rockhopper, de olhos vermelhos e peninhas amarelas na testa. Um dos animais que mais chamou a atenção delas foi o gigante albatroz-errante que media 3,5 metros de uma asa a outra.
Também contaram sobre os perigos e as surpresas desagradáveis da viagem, como por exemplo, quando o veleiro bateu em rochas submersas inexistentes em mapas. Situações difíceis e que as deixaram com medo, mas que, acima de tudo, as ensinaram a superar dificuldades e a confiar ainda mais nos pais.
Ao final da apresentação, falaram da importância de preservação do krill, um camarãozinho que mede menos de 4 centímetros, e é uma das principais fontes de alimentação dos animais da Antártica e ressaltaram a importância de não jogar lixo no chão, pois para os animais marinhos tudo o que flutua é alimento. Ao jogar uma tampinha de garrafa ou um saco plástico na calçada, é preciso lembrar que aquele lixo poderá seguir para o mar e causar a morte de milhares de animais que vivem muito longe de nós.