Todos os anos, milhares de pássaros cruzam os céus em movimentos migratórios que ligam diferentes ecossistemas e países distantes. Esta data representa a importância da proteção a essas aves e seus habitats.
Na costa da Namíbia, na África, chegam Andorinhas pretas que partiram da Holanda ou Ucrânia. No Brasil, chegam pássaros como o Petrel-pequeno, do Hemisfério Norte, o Piau-Preto (foto), que são pequenos albatrozes oriundos das Ilhas do Atlântico Sul e Oceano Índico, o Albatroz-de-Nariz-Amarelo-do-Atlântico, que vem das Ilhas do arquipélago de Tristão da Cunha e Ilha Gough, e a Pardela Preta, originária das ilhas subantárticas da França, Nova Zelândia e sul da África.
São aves que viajam em busca de alimento e de condições seguras para se reproduzirem. O problema é que a cada ano, devido ao aumento da poluição e do desmatamento, diminuem os habitats onde possam terminar sua jornada e muitas acabam ficando sem comida e necessitando de cuidados. Além disso, podem se machucar ao ficarem presas acidentalmente às redes de pesca.
Na região do litoral norte paulista, o Instituto Argonauta – uma ONG patrocinada pelo Aquário de Ubatuba e com convênio com a Petrobras realiza, desde 1998, o resgate e a reabilitação de animais marinhos, em especial de aves marinhas. A cada ano, o Instituto atende, em média, 50 ocorrências de pássaros marinhos, que após receberem tratamento são devolvidos à natureza.
Vale lembrar que quem encontrar uma ave marinha necessitando de cuidados deve colocá-la em um lugar seco, como uma caixa de papelão e, em seguida, procurar pelo órgão responsável. Na região do litoral norte paulista, ligue para o Instituto Argonauta, que está sediado em Ubatuba. Telefone: (12) 3833-4863 ou envie e-mail para institutoargonauta@uol.com.br.