Esta data representa o início da migração destas aves que, até setembro, se aventurarão pelo mar em busca de alimento. Durante a jornada e com a influência das correntes marinhas, pode acontecer de se perderem do grupo e, por isso, alguns que saem da Patagônia, Argentina, Ilhas Malvinas e Uruguai acabam chegando ao litoral brasileiro.
O problema é que quando chegam às praias estão muito cansados, fracos, com frio e necessitando de cuidados. Na região do litoral norte paulista, o resgate é feito pelos técnicos do Instituto Argonauta – uma ONG patrocinada pelo Aquário de Ubatuba e com convênio com a Petrobras que oferece tratamento de reabilitação para animais marinhos. No caso dos pinguins, o tratamento tem foco no aumento da temperatura corpórea, ganho de peso e hidratação, além de exames e de outros procedimentos específicos de recuperação. Tudo para garantir que estão prontos para retornarem às regiões de origem.
Em janeiro deste ano, o Instituto Argonauta realizou a soltura de 66 Pinguins e 1 Lobo-Marinho pelo mar em uma operação que teve apoio do Aquário de Ubatuba, do Inpe e da Marinha do Brasil. Aqueles que não são considerados aptos a soltura são encaminhados a zoológicos ou aquários. Estes pinguins da foto, por exemplo, estão no Pinguinário do Aquário de Ubatuba, que cumpre um importante objetivo de ensinar e conscientizar as pessoas sobre questões relacionadas ao habitat natural e conservação destes animais.
Vale lembrar que quem estiver pela praia e encontrar um pinguim deve colocá-lo em um lugar seco, como uma caixa de papelão envolto em uma toalha ou jornal para mantê-lo aquecido e, em seguida, procurar pelo órgão responsável. Na região do litoral norte paulista, ligue para o Instituto Argonauta, que está sediado em Ubatuba. Telefone: (12) 3833-4863 ou envie e-mail para institutoargonauta@uol.com.br.